Mais de um ano após os atos de 8 de janeiro em Brasília, que resultaram em prisões por vandalismo e invasão aos prédios dos Três Poderes, mais de 60 indivíduos ainda permanecem detidos sem julgamento. Aproximadamente 200 pessoas foram presas inicialmente, e dentre elas, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou apenas 30 até agora. Os detidos estão no Complexo Penitenciário da Papuda, um local de segurança máxima. Além disso, há investigações em andamento contra 25 pessoas por supostamente financiar ou incitar os atos, enquanto sete policiais militares estão presos sob suspeita de omissão.
O primeiro julgamento resultou na condenação de Aécio Lúcio Costa Pereira, ex-funcionário da Sabesp, residente em Diadema, São Paulo. Ele foi condenado por cinco crimes, incluindo golpe de Estado e dano qualificado ao patrimônio da União, com uma pena total de 17 anos de prisão. Outros réus com acusações semelhantes também receberam penas que chegam a 17 anos.
Cerca de 2 mil pessoas foram detidas inicialmente na Academia Nacional de Polícia (ANP) após os atos de vandalismo. O STF tem trabalhado na concessão de liberdade provisória e fechado acordos com os acusados. As penalidades impostas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, restrição de horários para sair de casa, a obrigação de se apresentar à Justiça semanalmente e a proibição de expressar-se nas redes sociais.
Até 5 de fevereiro, espera-se que a Corte julgue em plenário virtual outras 30 ações penais relacionadas aos eventos.
Nota: Esta matéria foi baseada em informações publicadas pela Revista Oeste. A cobertura completa e original sobre os desdobramentos das prisões decorrentes dos atos de 8 de janeiro em Brasília pode ser encontrada no site da revista.
