Segundo o Correio RAC, a Polícia Civil procura por mais vítimas que possam reconhecer os dois bandidos e assim incriminá-los e levá-los à cadeia. Estes indivíduos estão tocando o terror na região do Nova Aparecida em Campinas e também em alguns bairros de Hortolândia, e além dos furtos os dois homens, que são parentes, também defecam nas residências.
Devido às imagens de câmeras de segurança a polícia pode identificá-los sendo, o mais novo, um usuário de drogas com uma ficha extensa de infrações. Considerado pelo código penal brasileiro um crime de menor potencial ofensivo, o furto sem ato de violência permite que os meliantes continuem livres nas ruas, mas já está em andamento um inquérito para apurar as ocorrências.
As denúncias vêm sendo registradas desde abril deste ano na região de Campinas, porém os mesmos já atuavam na região de Hortolândia desde o começo do ano, porém a polícia acredita que os crimes podem estar ocorrendo a muito tempo, e que não estariam sendo comunicados por que as vítimas se sentem constrangidas em relatar o que os bandidos deixam no local, e por isso preferem não relatar.
Ruyrillo Pedro De Magalhães especialista em Segurança Pública disse que o fato de os criminosos defecarem nos locais dos crimes não é um ato proposital, eles o fazem devido a uma reação nervosa
“Cada um reage de uma forma quando pratica uma ação que envolve muita adrenalina e ansiedade, pois mexe com o sistema nervoso. No meio policial, era comum dizer ‘cagou de medo’”
Um policial cujo nome foi preservado relatou que
“Eles estacionam o veículo na rua, ficam como se estivessem procurando um endereço, mas, na verdade, estão analisando o movimento de cada casa. Quando escolhem o imóvel, param em frente e o mais novo desce para praticar o furto”
Os investigadores do 8º Distrito Policial disseram, ao entrevistador do Correio RAC, que os criminosos estudam o local previamente, utilizam o automóvel de um deles que fica na direção enquanto o outro realiza a ação, há registros indicando que a dupla invadiu dois imóveis no mesmo dia com diferença de minutos.
“A falta de registro de crimes por parte de vítimas camufla a insegurança de uma localidade e acaba não entrando na estatística criminal. Sem o registro, fica difícil saber se houve aumento ou não do crime. Registrar é essencial para o direcionamento do policiamento ostensivo e para as investigações”
disse Ruyrillo Pedro De Magalhães especialista em Segurança Pública
Uma idosa moradora da Vila Padre Anchieta teve sua residência invadida no mês passado, enquanto estavam fora de casa os criminosos invadiram a casa que fica logo atrás do UPA (Unidade de Pronto Atendimento) o furto ocorreu por volta das 20h, o genro pulou o mura e tentou arrombar as janelas e a porta da cozinha, mais não conseguiu porque haviam grades internas. “Percebi o furto logo que abri o portão, mas vi que havia fezes no jardim depois. Fiquei revoltado com isso, porque é uma forma do bandido afrontar, ofender o morador”, disse o filho da vítima, que chegou minutos depois que o ladrão havia deixado o imóvel.
Em fevereiro deste ano, os dois suspeitos foram detidos por policiais civis de Hortolândia, posteriormente ao esclarecimento de um furto praticado por eles. Em depoimentos à polícia, o genro confessou o crime e relatou que o sogro o levava de carro aos locais, já que era habilitado a dirigir. Ainda conforme depoimentos do suspeito, os imóveis eram escolhidos conforme o mesmo apresentasse a maior facilidade para ser invadido.
O suspeito alegou ainda que é usuário de drogas, já foi preso e tem três filhos entre 2 anos e 14 anos. Também explicou que repassou dinheiro ao sogro, que o levou para cometer os delitos. O sogro, de 68 anos, por sua vez, negou que peça ajuda ao genro nas ações e confirmou que costuma emprestar o carro para ele fazer compras.
Fonte matéria https://correio.rac.com.br/seguranca/policia-de-campinas-busca-vitimas-para-levar-a-cadeia-sogro-e-genro-1.1254345
