O vereador Nelson Hossri (PSD) protocolou um projeto de lei que proíbe a realização em Campinas de eventos, reuniões e marchas que fazem apologia ao consumo de drogas ilícitas que causam dependência física ou psíquica. Entre esses eventos está a Marcha da Maconha, que costuma ocorrer em várias cidades do mundo no mês de maio.
“Esse projeto nem precisa de justificativa, mas infelizmente vivemos tempos sombrios onde alguns agentes públicos e formadores de opinião defendem a legalização de drogas. Certamente ignoram o mal que fazem à sociedade”, diz Hossri.
O vereador ressalta que a Constituição prevê o livre direito à manifestação, porém opina que o objetivo de eventos como a Marcha da Maconha não é discutir sobre a legalização ou não das drogas, e sim fazer “clara apologia ao seu uso”.
“É um erro acreditar que a legalização é o caminho para combater a criminalidade. Pelo contrário. Olha o caso da Holanda, que viu os crimes e degradações aumentarem. No Uruguai, a guerra do tráfico potencializou e na Califórnia é um caso de saúde pública sério”, afirma.
Hossri, que preside a Comissão Permanente de Políticas de Prevenção às Drogas, se embasa no próprio conhecimento de anos na área de dependência química para justificar essa proibição.
“Não existe essa de que a maconha é mais leve. Quem tem propensão à dependência química vai sofrer muito com qualquer experiência com drogas. É preciso combater qualquer estímulo ao uso”, conclui.
Com a proposta, divulgada no site da câmara em 14 de março, o vereador espera que a cidade possa avançar na luta contra as drogas, e que essa medida possa ser um passo importante na prevenção da dependência química em Campinas.