Padre Anchieta

Promotor não se convence e subprefeito terá que explicar melhor a movimentação de suas contas bancárias ao MP

Subprefeito do distrito de Nova Aparecida é investigado em suposto caso de rachadinha do vereador Zé Carlos e não convence MP.

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Segundo matéria do Correio Popular, a investigação do suposto caso de rachadinha chega ao subprefeito Nilton Cesar de Souza do distrito de Nova Aparecida, tradicional reduto eleitoral do presidente afastado da Câmara de Campinas, o vereador Zé Carlos (PSB), que não conseguiram convencer o Ministério Público (MP) sobre a incomum movimentação financeira identificada nos seus extratos bancários entregues aos promotores, que disseram que o motivo do subprefeito estar sendo investigado é por receber depósitos mensais de dois funcionários da subprefeitura e de empresas, porém ambos os funcionários identificados como Alessandro e Alexandre, negam envolvimento no caso.

Na primeira oitiva realizada em maio, todos os interrogados se negaram a apresentar os extratos bancários, então neste último dia 17 foram prestados novos depoimentos ao promotor Angelo Carvalhaes do MP.

Já com os extratos bancários os promotores puderam verificar que haviam vários depósitos mensais feitos por servidores já mencionados acima, nos valores que variam de R$1.050 a R$1.600 na conta do subprefeito de Nova Aparecida.

Alessandro e Alexandre justificaram que os valores seriam referentes a despesas financeiras supostamente contraídas a partir do uso do cartão de crédito emprestado pelo subprefeito aos dois funcionários, os dois ainda afirmaram ao promotor que apesar de receberem mensalmente cerca de R$ 7 mil, porém tiveram que utilizar o cartão de crédito do subprefeito por não possuírem crédito e estarem passando por dificuldades.  

A suspeita é que a rachadinha já vem acontecendo há pelo menos dois anos, apesar dos extratos apresentados serem apenas de 2021, época em que os dois servidores comissionados trabalhavam na subprefeitura do distrito de Nova Aparecida. 

O MP também tenta apurar a razão de haverem depósitos realizados na conta de outro servidor identificado como Rogério Sandoval,  que é ligado ao vereador e presidente da Câmara Zé Carlos, Rogério prestava serviço à mesa diretora da Câmara, como motorista do de Zé Carlos, porém na semana passada ele foi demitido pela vereadora Débora Palermo (PSB), presidente em exercício da Casa de Leis.

O Ministério Público também identificou nos extratos apresentados pelo subprefeito, movimentações referentes a pessoas jurídicas, uma casa de ração, um bar e uma empresa de compressores, como justificativa o subprefeito disse que empresta dinheiro para estas empresas. 

“Todos esses depósitos para pessoas que constam aqui e que o senhor afirma que são pessoas que o senhor ajuda, empresas também. São bem estranhos. O senhor é um servidor público, não um agiota ou um comerciante para ficar com tanta transação sem comprovação na sua conta bancária. É a sua versão, embora eu não acredite. Só quero aqui registrar”, disse o promotor Ângelo Carvalhaes, em trecho do material que a reportagem do Correio Popular teve acesso.

Mediante a incongruências no depoimento o MP fixou um prazo de  dez dias para que o subprefeito apresente novos extratos, incluindo os extratos de outra conta bancária que alegou possuir no Banco do Brasil, o promotor ainda solicitou que o subprefeito apresente  uma confirmação por escrito das pessoas e empresas que constam nas movimentações financeiras até agora apresentadas por ele, para uma certificação do recebimento destas quantias e também o motivo da transação. 

A maioria dos casos de rachadinhas foram arquivados, exceto os que envolvem os nomes dos vereadores Zé Carlos, Otto Alejandro (PL), Edson Ribeiro (PSL) e Perminio Monteiro (PSB), que seguem em apuração.

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