Hoje (22) a Polícia Federal deflagrou a Operação Acesso Pago, para investigar o suposto “tráfico de influência e corrupção, suspeita-se que houve desvio de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), e que tal delito teria sido praticado quando à frente do MEC ( Ministério da Educação) estava o ministro Milton Ribeiro, que na mesma época foi alvo de uma inspeção do TCU (Tribunal de Contas da União), quando em abril, um áudio em que ele disse favorecer prefeituras de municípios ligados a pastores que estavam intermediando a liberação de recursos em troca de propina. Nesta ocasião, o então Ministro Milton Ribeiro foi exonerado, culminando na abertura de um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) e na PF (Policial Federal), e também uma fiscalização extraordinária do próprio TCU.
“foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas”, informou a PF.
Nesta operação, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso e a PF faz ainda buscas em endereços dos detidos e também de outro pastor citado no esquema.
O presidente Jair Bolsonaro em entrevista à rádio Itatiaia, retransmitida em suas redes sociais disse que
“Se teve prisão (do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro), é por causa da atuação da PF. É sinal de que ela está agindo. Ele que responda pelos atos dele”
“Se tiver algo de errado, ele vai responder. E, se for culpado, vai pagar. O governo colabora com as investigações, e não compactua com isso”
A Polícia Federal em nota informou que crime de tráfico de influência tem pena prevista de dois a cinco anos de reclusão. Acrescenta, ainda, que também estão sendo investigados “fatos tipificados como crime de corrupção passiva (dois a 12 anos de reclusão), prevaricação (três meses a um ano de detenção) e advocacia administrativa (um a três meses).”
Já a defesa do ex-ministro disse em nota divulgada às 11h46 de 22.jun.2022:
“Nota à imprensa
Tomamos ciência, agora pela manhã, da injusta e incabível prisão do Ex-ministro Milton Ribeiro. Iniciamos de pronto os procedimentos para requerermos a revogação deste excesso cometido pela Justiça Federal. Passaremos maiores informações após a Audiência de Custódia.
Dr. Luiz Carlos da Silva Neto”