Na manhã desta segunda-feira (31), o vereador Zé Carlos (PSB) protocolou o pedido de renúncia da Presidência do Legislativo, sendo assim a vereadora Debora Palermo (PSC) assume em definitivo o comando da Mesa Diretora da Casa e cumprirá o mandato até o dia 31 de dezembro de 2022.
Zé Carlos segue exercendo o mandato como vereador, para justificar sua renúncia o vereador alegou problemas de saúde e também se dedicará a cuidar de sua própria defesa na CPI que investiga supostas cobranças de benefícios indevidos para renovações de contratos de empresas terceirizadas, e a assessoria jurídica de Zé Carlos disse que o afastamento do parlamentar deixará a investigação do Ministério Público CPI mais à vontade, para seguir com os trabalhos,
O vereador não é o primeiro a renunciar ao menos em mais cinco ocasiões, em diferentes contextos e justificativas, parlamentares que ocupavam o cargo o recusaram e deixaram o posto em definitivo, por vontade própria.
O primeiro registro se deu em 17 de agosto de 1891, quando Manuel Francisco Mendes renunciou do então cargo de intendente municipal, em uma renúncia coletiva de todo o Conselho de Intendência – nome do órgão que na época administrava a cidade, unindo os poderes Legislativo e Executivo, a Câmara de então.
Em 4 de maio de 1903, Orosimbo Maia – que futuramente viria a ser prefeito de Campinas – renunciou ao cargo de presidente da Câmara. Também renunciaram na época o vice-presidente, o secretário e o intendente da Casa.
Já em 26 de junho de 1909, o então presidente da Câmara Joaquim Álvaro de Souza renunciou. Por fim, renunciaram ao cargo de presidente Lafayette Egydeo de Souza Aranha (em 4 de outubro de 1910) e Antônio Álvares Lobo (em 26 de março de 1915).
Vale lembrar ainda dois casos que não se caracterizaram efetivamente como renúncias, mas são dignos de registro. Em 1978, uma Comissão Processante cassou o mandato de José Carlos Scolfaro como presidente do Legislativo – ele se manteve apenas como vereador. Já em 2011, o então presidente Pedro Serafim deixou o cargo para assumir a prefeitura, em mandato tampão após a cassação do prefeito Hélio de Oliveira Santos e de Demétrio Vilagra, que havia assumido o cargo de Santos.