Na tarde de quarta feira dia 25, a justiça autorizou o acesso aos autos das denúncias realizadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), por parte dos advogados do presidente da Câmara de Campinas, Zé Carlos (PSB), e o subsecretário de relações institucionais da Casa, Rafael Creato, que irão estudar as acusações.
Às defesas agora poderão conhecer os conteúdos dos áudios gravados por empresários que comprovariam os pedidos de propina, entre eles está o dono do Grupo Mais (Mais Comunicação Integrada e Marketing), empresa que, em 2019, ganhou a licitação de R $4,6 milhões para a gestão da TV Câmara.
“Após determinação judicial da magistrada da 5ª Vara Criminal, tivemos acesso aos autos. A partir de agora iremos analisar os documentos encartados para esclarecimentos ao Ministério Público quando intimados a prestá-lo”, indagou o Haroldo Cardella, responsável pela defesa do Rafael Creato.
Os vereadores da Câmara também precisam deste acesso aos autos, e principalmente aos áudios gravados , para poderem dar andamento às ações do Legislativo, como a instauração de de uma Comissão especial de inquéritos (CEI), e até um possível pedido de afastamento do mandatário da Câmara.
O Denunciante do caso, Marcelo Silva (PSD), Nelson Hossri (PSD), que propôs a Comissão Especial, e a bancada do PT já procuraram o MP ou a Justiça de forma oficial em busca de acesso aos autos e aos áudios, mas ambos não obtiveram sucesso em obter este acesso.
Estas investigações se iniciaram no segundo semestre de 2021, após denúncia de Marcelo Silva junto ao MPSP, após ele receber três gravações de áudios feitas dentro das dependências da Câmara, contendo um suposto pedido de propina, os áudios foram entregues por um funcionário de uma empresa terceirizada.