ANAJURE emite Nota de Repúdio contra ameaça de Lula de responsabilizar igrejas evangélicas por mortes de COVID
Presidente ameaça responsabilizar igrejas evangélicas pelas mortes causadas pela falta de vacinação; ANAJURE, destaca pluralidade de perspectivas e ressalta liberdade religiosa como direito fundamental
O presidente Lula ameaçou responsabilizar as igrejas evangélicas pelas mortes causadas pela falta de vacinação em um discurso recente. Ele afirmou que as igrejas precisam ser convencidas da eficácia da vacina e que planeja discutir o assunto com os líderes dessas instituições. A declaração gerou polêmica e foi amplamente noticiada pelos principais jornais do país.
“A gente não pode, de forma precipitada, achar que a gente anunciar vacina, o povo vai tomar. Não. O povo tem que ser convencido outra vez da eficácia da vacina, e nós vamos ter agora que pegar muita gente que combateu a vacina, que vai ter que pedir desculpa. Eu, pelo menos, pretendo procurar várias igrejas evangélicas e discutir com o chefe deles o seguinte: ‘Qual é o comportamento de vocês nessa questão da vacina?’ Ou nós vamos responsabilizar vocês pelas mortes das pessoas.”
Fala do Presidente lula
O Globo
Pastores e bancada evangélica reagem a cobrança de Lula sobre vacina
O Conselho Diretivo Nacional da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) destacou em sua nota pública sobre a declaração do presidente Lula o artigo 196 da Constituição Federal, que estabelece que é competência do poder público promover políticas de saúde visando à prevenção de doenças e redução de riscos epidemiológicos, como campanhas de vacinação. A ANAJURE também ressaltou o direito à objeção de consciência garantido pelo artigo 5º, VIII, da Constituição. Esta nota foi emitida em resposta à ameaça do presidente de responsabilizar as igrejas evangélicas pelas mortes causadas pela falta de vacinação.
A Nota de Repúdio a fala do presidente Lula sobre a responsabilização das igrejas evangélicas pelas mortes causadas pela falta de vacinação. Afirmou que as igrejas evangélicas têm trabalhado na promoção da saúde e da vida das pessoas, incluindo através da vacinação. Destacou que a menção genérica às igrejas evangélicas traz problemas, como o de estigmatizar um grupo como sendo o responsável pelas mortes durante a pandemia e ignorar a pluralidade de perspectivas e posicionamentos existentes entre os religiosos evangélicos e na sociedade em geral acerca da imunização. A nota ressaltou ainda que a liberdade religiosa é um direito fundamental garantido pela Constituição e que essa liberdade deve ser respeitada.
Confira a nota na integra: https://anajure.org.br/nota-publica-sobre-fala-de-lula-quanto-a-responsabilizacao-de-igrejas-evangelicas-em-relacao-a-vacinacao/