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A origem do vira-lata caramelo

Vira-lata já foi um termo mais pejorativo que provavelmente começou com um apelido para os cachorros que viviam fuçando no lixo para comer na rua, eu digo provavelmente porque eu não encontrei nem versão oficial para quando e como o termo foi usado pela primeira vez.

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Vira-lata já foi um termo mais pejorativo que provavelmente começou com um apelido para os cachorros que vivem fuçando no lixo para comer na rua, eu digo provavelmente porque eu não encontrei nem versão oficial para quando e como o termo foi usado pela primeira vez. É um termo sem Pedigree, mas como eu já dizia vira-lata já foi mais mal visto tanto que nós temos a expressão mais correta, ou pelo menos mais precisa para vira-latas que é SRD sem raça definida.

São cachorros que são bastantes misturados e costumam ter pelo Preto inclusive, mas já tem bastante tempo que a internet trouxe de volta o orgulho vira-lata com o meme do vira-lata caramelo que tentaram eternizar como animal símbolo da nota de 200 reais, e já foi adotado como símbolo do Brasil há mais tempo, afinal você provavelmente já viu um, ou dois, ou três, ou muitos na sua rua de casa.

Mas de onde surge um vira-lata caramelo, como eles aparecem por aí? Nossa história com os cães é uma história bem longa e muito legal. Fomos nós que transformamos um grupo de lobos, que nem existe mais em pugs, com história de domesticação que ainda merece muitos vídeos por aqui, mas por hoje vamos falar do caramelo do vira-lata tem um fenômeno bem curioso que acontece conforme a gente doméstica animais. 

Nós domesticamos os cães pela companhia e pela proteção que eles trazem e domesticamos vacas pela produção de leite e carne, assim como as cabras. Mas às vezes esse propósito meio que sem mistura, os cachorros parecem ter feito parte da nossa dieta regular em muitos lugares. Onde alguns ainda são criados como companhia e outros para a engorda, a diferença parece ser que os cães de engorda não ganham o nome, na verdade.

Aqui nas Américas, inclusive, a gente tem o Xoloitzcuintli, mais conhecido como xolo que é uma raça que os Astecas e os Maias criavam por aqui que ainda são descendentes dos cães que nós trouxemos da Ásia há mais de 10k anos quando, quando cruzamos lá para a América do Norte esses cachorros são pelados e serviam de companhia não são lá muito caramelo a maioria vai ter cores mais pretas ou mais acinzentadas.

Eles eram de companhia mas também, talvez, tenham sido selecionados sem pelos. Por outro motivo pelo qual eram criados. Junto com os perus que são aves nativas das Américas, eles serviam de comida. Era uma carne nobre no prato dos povos americanos, pois, seja para alimento ou para fazer companhia para a gente, tem uma característica que todo animal domesticado acaba tendo que ter, eles precisam ser tolerantes ao stress, porque tem que conviver com o humano sem ter o impulso de fugir, como os animais selvagens.

E aí mesmo se a domesticação foi feita sem querer no começo para um lobo topar conviver próximo de um humano o suficiente para se alimentar, ele também tem que ter esse tipo de tolerância.

E quando selecionamos animais tranquilos não é só o temperamento deles que muda, a cor dos pelos muda também, aparecem por exemplo animais malhados com padrões que a gente não vê em animais selvagens. O que parece ter uma relação entre como o sistema nervoso se forma, e as células que dão as cores dos pelos.

Uma explicação que você pode encontrar em mais detalhes no livro Domesticated, que eu recomendo muito, até raposas domesticadas se selecionadas para serem mais dóceis e aceitarem melhor a nossa presença, acabaram desenvolvendo uma pelagem com manchinhas.

No nível mais básico, a cor mais dominante, a cor que têm mais facilidade para se manifestar no pelo dos cachorros é a cor preta. Só quando a cor preta não aparece que as outras cores mais avermelhadas tem uma chance, como o marrom claro do nosso caramelo. As cores dos pelos vêm dessas duas misturas a quantidade de pigmento preto que é a eumelanina e a quantidade de pigmento vermelho que é a faeomelanina. Como cabelo castanho, ruivo ou loiro, e se não tiver cor sendo produzida quando o pelo se forma ele fica branco.

Nós com certeza aumentamos e cultivamos essa variação de cores por nossas preferências estéticas, alguns padrões com as pintas dos Dálmatas ou pelo longo do Lhasa Apso foram escolhidos por criadores para ter esses padrões que precisam de muita seleção de quem cria, para poder acontecer. A genética por trás disso que dá cores de pelos de cães. É um mundo à parte que é cheio de Gênesis e condições. Têm genes que dão um padrão de marrom com preto. Têm genes que dão um focinho Preto. Têm genes que dão cores como o Ruivo dos Golden pelos liso ou enrolado, mancha branca, pelos ficar constantemente ou pelos que cresce sem cair como o pelo de um chow chow ou de um shitzu e por aí vai, ou seja provavelmente fomos nós que criamos a variedade de cores dos cachorros, sem querer quando selecionamos lobos mais dóceis, com a nossa companhia.

E depois a gente ainda aumentou essa variedade de cores e pelos conscientemente conforme passamos a criar e conviver com os cachorros pelo mundo todo. Depois dos humanos os cães foram os mamíferos que mais se espalharam pelo mundo, adivinha levados por quem. Levá-los como nossa companhia seja como os ratos, pombos e baratas que vieram juntos nos nossos acampamentos independente da nossa escolha ou o caso de muitos cães sem dono, que convivem com habitações humanas por aí, ou seja, como os nossos companheiros que foram criados por nós e tem nome próprio nesse caminho os grupos isolados acabaram formando raças pelo mundo. Ou pelo menos variedades locais em várias regiões do mundo por onde a gente passou com adaptações ao clima e aos grupos humanos que conviveram ao redor. 

Nós sempre tivemos uma certa dúvida sobre quais seriam as raças ou as linhagens mais antigas dos cães e quando elas apareceram, dava o coração com banana por exemplo as raças de cães asiáticos, como Lhasa Apso com as raças europeias como o Bulldog o pastor alemão, ou raças asiáticas europeias, como o Husky Siberiano, mas nós precisaremos de uma máquina do tempo para poder saber mais detalhes sobre como nós humanos nos espalhamos pelo mundo, e como a gente levou os doguinhas conosco. E felizmente temos uma, o DNA sim porque recentemente nós começamos a recuperar o genomas de cães ancestrais.

Foceis de cães que morreram entre 100 anos e 11 mil anos atrás e começamos a comparar com os humanos que conviveram próximos deles, e comparar genomas é meio que como comparar línguas e dialetos, nós sabemos português, e o galego falado na Galiza norte da Espanha são línguas irmãs que tem uma mesma origem porque são duas línguas que compartilham muitas palavras, o cão do meu avô em português vira o cam do meu avô em Galego, as duas são línguas próximas do espanhol um pouquinho mais distantes do italiano e do francês, todos vindos do extinto latim fazendo esse mesmo tipo de comparação. Extrair o Genoma dos cães ancestrais que morreram há centenas e milhares de anos é o equivalente a desenterrar documentos muito antigos, claro que nos deixam fazer esse mesmo tipo de comparação e ver quem é mais próximo de quem, e quais são as linhagens de cachorros que não existem mais, assim como latim deixou de ser usado e como nós circulamos pelo mundo levando essa linguagem. Descobrimos por exemplo que, há 11 mil anos já tinham os vários grupos diferentes de cachorros pelo mundo e os cachorros vivos hoje em dia, são descendentes de misturas desses grandes grupos.

Tem um grupo do oriente próximo, que é uma parte do Oriente Médio, com o topo da África esse grupo ainda tem traços genéticos no Galo afegão, tem outro grupo no norte da Europa que a ancestral na maioria das raças modernas que vieram na Inglaterra, por exemplo como o Bulldog terrier, tem outro grupo na Sibéria que deixou traços no Husky Siberiano Claro e tem um outro na Nova Guiné que deixou traços em vários cães asiáticos com jindo coreano, e tem outro nas Américas que veio lá da Ásia e ainda aparece em raças de lá como mastiff tibetano, e raças das Américas como o solo e o Chihuahua, e tem um grupo que deixou pouquíssimos descendentes na África principalmente na raça basenji.

O que quer dizer que antes mesmo de a gente tem agricultura ou de domesticar qualquer outro animal, nós já tínhamos os cães com os nossos primeiros companheiros e depois dessa separação de cães Lobos praticamente não teve mistura entre eles o DNA dos lobos parece não ter se misturado com um dos cachorros. O que é bastante surpreendente, porque eles podem cruzar. Isso mostra que provavelmente fomos nós que mantivemos os cães bem longe dos morros, tanto é o caso aliás, que fomos nós que criamos uma variedade de cores e tamanhos de cachorros por seleção de raças. Cachorros são os mamíferos com a maior variação de tamanho de um pequeno mês com menos de 1 kg ao mastiff inglês com quase 100, isso foi mantido na base de muitas seleção humana. Tanto que Cannes, sociedades e prêmios determinam o que é aceitável para cada raça em termos de cores, pelos, porte e até comportamento quando nós paramos de escolher.

Quais são os cachorros que podem cruzar? essa diferença toda tende a sumir na verdade principalmente entre vira-latas pela mistura e pela própria seleção de ambiente em que eles têm que conviver, eles acabam convergindo para alguns formatos que lembram mais animais selvagens, mas ainda carregam os traços da domesticação entre eles, ficam com tamanho médio com a cabeça mais arredondada do que a de um lobo e um comportamento em bandos, e mais algumas coisas.

E quantos cachorros cruzam naturalmente sem a nossa escolha consciente por uma cor específica ou por um padrão de tamanho de pelos as características mais brilhantes predominam por isso tem tanto vira-lata com o pelos mais curtos, mais preto ou mais marrom, digo, caramelo. Isso é bem fácil de perceber, os grupos de cachorros mais selvagens costumam viver próximos de pessoas, mas não são criados diretamente, algo com os cachorros sem dono. Os dingos que são os cães australianos dão exemplo mais extremo disso, até alguns milhares de anos atrás a Austrália não tinha mamíferos com gestação na placenta, como nós temos. Ele só tinha animais monotremados que colocam ovos como os ornitorrincos, ou uma marsupiais que criam os filhotes dentro de uma bolsa que é o marsúpio como os cangurus e os coalas, os nossos gambás. A gente chegou por lá com as nossas placentas há mais de 30 mil anos, talvez mais do que o dobro disso, e por dezenas de milhares de anos, os humanos ficaram de saco. E por aí até que, por volta de 3500 anos atrás, os austronésios, são os povos Navegantes do pacífico, passaram por lá e não ficaram. Talvez porque a interação com os aborígines, não foi muito legal. Mas essa passagem foi suficiente para deixar e por lá os seus cachorros que se deram muito bem, obrigado na Austrália.

Tão bem inclusive que acabaram revertendo a domesticação e se tornaram os lobos daquela região. Tanto que eles têm um tamanho e um comportamento que é o intermediário entre os cachorros domesticados e o de lobos que andam em bando e caçam com Lobos mas tem a pelagem de cachorros. Como tudo na Austrália é mais radical, nada mais justo do que os vira-latas caramelos deles serem Lobos. E os cachorros da Nova Guiné que deram origem ao Dingo, ainda vivem hoje como vira-latas meio que misturado com as pessoas mas também vivendo na mata na Nova Guiné.

Outra raça caramelo que tem mais relação com os cães ancestrais é o bacenjud africano, que sempre é uma Isso é uma raça africana própria, descendente de cães que viviam na floresta. E parece ser mesmo, ele tem uma assinatura genética bem única de cães ancestrais que viveram na África, e ainda tem algumas características selvagens. Eles não latem e só tem filhotes uma vez por ano, como os mastiffs tibetanos.

O mundo todo tem sua variedade de vira-latas caramelo que surgem dessa mistura, aqui no Brasil o mesmo acontece só que aqui. E isso acontece com os descendentes dos cães europeus que a gente trouxe para cá, bem depois. Uma mistura que inclusive pode ser mais saudável para os cachorros, porque nesse processo de criar e manter raças puras que respeitam o padrão de cor e porte. Nós também acabamos fixando nessas raças problemas genéticos que encurtam bastante a vida dos seus portadores.

Enquanto pela própria mistura os vira-latas vivem muito mais, e têm menos doenças do que cães de raça.

E se você curtiu esse vídeo/matéria, essa explicação sobre vira-latas caramelo, e outras explicações. Aproveita para se inscrever aqui no canal porque você provavelmente vai gostar das outras coisas que a gente faz.

É sempre bom poder contar com vocês!

Atila Iamarino

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Qual é a relação entre a pele e o intestino dos pets?

Importantes estudos comprovam que pele é o reflexo da saúde intestinal, e isso vale para humanos e para os pets

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A pele é o maior órgão dos mamíferos e é a primeira barreira protetora do organismo. Muitas pessoas nem imaginam a ligação direta que existe entre a saúde intestinal e problemas de pele, mas um estudo de 2022 sugere que a baixa diversidade bacteriana na microbiota intestinal pode estar intimamente relacionado com dermatite atópica em cães.

“No sistema gastrointestinal, assim como em toda a pele, existe uma gama de microrganismos que variam entre fungos, vírus, protozoários e bactérias, vivendo de forma harmônica e com papeis importantíssimos na proteção e, no caso do intestino, fermentação das partículas de alimentos. Este ecossistema invisível a olho nu é chamado de microbioma e é fundamental para a saúde como um todo”, explica Mariana Raposo, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal.

A semelhança entre os dois órgãos não para por aí. Tanto a pele quanto o intestino são altamente vascularizados e são responsáveis por separar e proteger o corpo (organismo) de possíveis agentes agressores provenientes do ambiente, seja por meio da barreira física (celular) ou biológica (microbioma).

Há muito tempo o desequilíbrio no microbioma (disbiose) intestinal já é correlacionado com quadros dermatológicos, principalmente porque a disbiose intestinal aumenta a permeabilidade celular e, como consequência, promove um aumento da absorção de toxinas e ativação de substâncias pró-inflamatórias. Algumas situações como o estresse, consumo de medicamentos (especialmente antibióticos), uma má nutrição, alterações na dieta, presença de parasitas intestinais ou até mesmo reações vacinais podem desencadear problemas muito além de desarranjos intestinais.

“Qualquer situação que possa promover desequilíbrio do microbioma, que é quando a população de microrganismos patogênicos fica maior do que a de microrganismos benéficos, tem capacidade de interferir no organismo como um todo.  Isso quer dizer que um intestino não saudável pode promover reações de inflamação na pele, por exemplo, ocasionando problemas dermatológicos como dermatite atópica, dermatite seborreica, pústulas ou mesmo interferir negativamente na cicatrização de feridas”, a médica-veterinária elucida.

Essa relação íntima da pele com o intestino é reconhecida na medicina como Eixo Intestino-Pele, da mesma forma que existe o Eixo Cérebro-Intestino-Microbiota, e tem sido alvo de diversos estudos nos últimos anos. A ciência já demonstra que uma má saúde intestinal, com uma microbiota desequilibrada, além de estimular a produção de substâncias pró-inflamatórias pode atuar suprimindo o sistema imunológico, deixando o organismo mais suscetível a infecções.

“O organismo é inteiro interligado, todo conectado, e isso está cada vez mais evidente. Cada indivíduo possui um microbioma intestinal único e altamente dinâmico, mas a composição básica dos microrganismos presentes neste microbioma tende a ser semelhante em animais saudáveis, o que sugere a existência de um balanço harmônico entre todos os vírus, bactérias, fungos e protozoários para a saúde como um todo”, Mariana reforça.

Nutrição e suplementação para problemas dermatológicos nos pets

Não existe segredos que uma nutrição adequada é benéfica para os pets de todas as idades, mas o foco não deve ser apenas em evitar ganho exagerado de peso ou diminuir as chances de problemas metabólicos como diabetes, colesterol e triglicérides elevados, gastrites e úlceras.

“Bem nutrir e estimular as atividades das bactérias boas que fazem parte do sistema digestivo é de extrema importância, em todas as idades dos pets, mas traz melhores resultados quando iniciada ainda na fase de filhote, fortalecendo a imunidade do animal e proporcionando um desenvolvimento mais saudável. Este cuidado com a saúde intestinal pode ser feito com uma dieta balanceada e a utilização de simbióticos capazes de potencializar o equilíbrio e bom funcionamento do microbioma intestinal”, Mariana conta.

Simbióticos são suplementos que combinam prebióticos, compostos responsáveis por nutrir e estimular de maneira saudável os microrganismos benéficos presentes no sistema digestivo, e probióticos, que são compostos por pequenos grupos de fungos e bactérias do bem capazes de melhorar o balanço do microbioma intestinal dos pets. Um simbiótico bem equilibrado, por exemplo, vai apresentar agentes biológicos como Saccharomyces cerevisiaeBifidobacterium bifidumEnterococcus faecium e Lactobacillus acidophilus, que fazem parte de um microbioma saudável e funcional, além de vitaminas e minerais.

“O olhar para a saúde do pet precisa ser 360º, considerando o organismo como um todo, onde todos os detalhes importam.  Se o pet apresenta um problema de pele, esse olhar precisa ser ainda mais criterioso, especialmente para a saúde gastrointestinal. É muito mais benéfico para o pet prevenir um desequilíbrio do microbioma intestinal do que tratar das suas consequências, por isso a adoção de simbióticos na rotina alimentar desde filhote deve passar a ser considerado tanto pelo tutor quanto pelo médico-veterinário. Cuidar da saúde gastrointestinal do peludo traz benefícios além dos óbvios, para toda a vida!”, finaliza.

Sobre a Avert Saúde Animal

Avert Saúde Animal é uma divisão da inovadora farmacêutica Biolab e atua no mercado veterinário desde 2013 com o compromisso de colaborar com o acesso às melhores práticas farmacêuticas, para o desenvolvimento contínuo da medicina veterinária brasileira. Possui em sua linha: medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos para cães e gatos e o investimento em tecnologias de produção e busca pela inovação para a saúde e bem-estar animal é constante. Acesse: www.avertsaudeanimal.com.br

Referências:

Rostaher et al. Comparison of the Gut Microbiome between Atopic and Healthy Dogs: Preliminary Data. Animals, 2022.
Disponível em: https://www.mdpi.com/2076-2615/12/18/2377

Calatayud PA, Rolim LM, Soranz MA, Santo ED, Dutra M. O papel do intestino nas doenças dermatológicas: Revisão de literatura. bwsj [Internet]. 19º de março de 2020.
Disponível em: https://bwsjournal.emnuvens.com.br/bwsj/article/view/56

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Telemedicina: a carona para o futuro do mercado veterinário

Por Fabiano de Granville Ponce

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Até pouco tempo atrás, telemedicina era tema de filmes de ficção.

Com a pandemia, todos nos vimos obrigados ao isolamento e, com ele, as ferramentas de tecnologia remota experimentaram importante evolução. Dentre elas, a telemedicina, a qual, no início, era cercada de mistérios e dúvidas, porém na medicina humana foi largamente utilizada no período pandêmico.

Os médicos, a priori, utilizavam-na a contragosto, mas logo perceberam que a telemedicina não afetou a qualidade assistencial para pacientes ambulatoriais, sem necessidade de grande infraestrutura para atendimento. Pelo contrário: possibilitou acompanhar a evolução de pacientes crônicos (que não retornavam aos hospitais por falta de tempo ou disciplina) e aumentou a capilaridade de atendimento para cidades e locais que até então não ofereciam acesso à saúde.

O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, inclusive, é referência mundial em atendimento remoto. Além disso, pesquisas mostram que os pacientes (em nossa realidade, os tutores) preferem ser atendidos por telemedicina, se comparado a atendimentos presenciais.

Dito isso, a maior barreira para o uso dessa ferramenta no mercado veterinário são os próprios médicos-veterinários, uma vez que os tutores já passaram por essa experiência como pacientes e aprovaram. Vale salientar que já praticamos a telemedicina, só que de maneira inadequada: em plataformas que não oferecem remuneração para o profissional médico-veterinário e sem a estrutura adequada para um atendimento de qualidade. Quem aqui nunca atendeu um cliente por WhatsApp, por exemplo?

Há ainda uma insegurança jurídica na veterinária para esse tipo de atendimento. Como somos profissionais da saúde única, poderíamos, sim, atender remotamente o tutor. Mas há uma portaria do Conselho Federal de Medicina Veterinária que proíbe essa prática (exceção de nutrição/nutrologia), restringindo apenas à possibilidade de teleinterconsulta, modelo no qual é obrigatória a presença de dois médicos-veterinários: um virtual; o outro, no local onde está o pet. Já os retornos podem ser realizados entre veterinário e tutor, sem a necessidade de um veterinário também junto ao cliente. A portaria possibilita também a prática de teletriagem, teleorientação, telediagnóstico, telemonitoramento.

Trata-se do futuro que chegou. E que não regressará. Concordando ou não com a telemedicina, temos que aprimorar a ferramenta e tentar entendê-la como uma oportunidade de trazer novos clientes e contribuir com a saúde financeira de nossas clínicas. Caso não o fizermos, certamente outros farão. Não podemos nos comportar como taxistas quando da chegada do Uber. Sabemos qual foi o resultado.

Apesar dos desafios das normativas do setor e das incertezas de experimentar mudanças, iniciativas previstas para um futuro breve possibilitarão, numa mesma plataforma, a realização de teleinterconsultas veterinárias com especialistas, o armazenamento de fotos e a gravação de vídeos para registro da evolução do quadro do paciente. Ou seja, o tutor continuará com o acompanhamento do seu médico-veterinário de confiança (na medicina humana, o médico de família), mas em atendimento conjunto com um colega especialista, somado às vantagens da tecnologia. Inovação que dificilmente encontramos para o atendimento da saúde dos próprios tutores.

É a medicina veterinária avançando e surpreendendo. Caberá agora, aos médicos-veterinários, escolherem se preferem seguir para o futuro de carona em um “Uber Black” ou preferem ficar esperando um “táxi”.

Fabiano de Granville Ponce é médico-veterinário, formado pela Universidade de São Paulo (USP), com MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral (FDC) e Pós-MBA em Oxford (USA). Cofundador da Hovet Pompéia e Commercial Lead da VetFamily Brasil, comunidade internacional de médicos-veterinários.

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PAULÍNIA

9 em cada 10 novos empreendimentos da região de Campinas são projetados com espaço pet

Terrassos Residencial, em Paulínia, aposta em espaço exclusivo para animais, também, no seu stand de vendas

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A presença dos pets é uma realidade cada vez maior nos lares brasileiros. Uma mudança no estilo de vida que tem sido acompanhada de perto pelo mercado da construção civil. Levantamento da Delegacia Regional do CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) revela que na região de Campinas 9 em cada 10 novos empreendimentos são projetados com espaço para os animais de estimação.

O espaço pet é um atrativo tão importante quanto outros diferenciais, como áreas de lazer e recreação, que tem ganhado destaque também no stand de vendas de novos empreendimentos. É o caso do Terrassos Residencial, loteamento lançado recentemente em Paulínia, que reservou um espaço exclusivo para os pets em seu stand de vendas.

“A compra de um terreno é sempre especial e marcante para as famílias. É quando elas visualizam seu futuro, projetam e materializam seu novo lar.  Evidentemente não poderíamos deixar os pets de fora neste momento, pois eles fazem parte da família. Por isso, estruturamos no nosso stand de vendas um espaço exclusivo para os pets”, explica Jessica Mariano, responsável pelo Departamento de Marketing.

Ao visitar o stand, os clientes podem deixar os animais de estimação no espaço reservado exclusivamente para eles e conhecer todos os detalhes do loteamento. Além de garantir mais tranquilidade durante a visita, o espaço pet no stand de vendas também funciona como uma espécie de spoiler, já que o cliente pode visualizar de maneira mais concreta as experiências que o seu animalzinho poderá viver no novo lar.

O Terrassos Residencial tem diversos espaços de lazer para as famílias e também para seus pets. “O Pet Space do Terrassos Residencial é formado por dois espaços diferentes: um para animais de pequeno porte e outro para os pets maiores. Os dois contam com uma estrutura completa para oferecer muita diversão aos animais e seus tutores”, explica Jessica.

De acordo com o delegado regional do Creci Campinas, José Carlos Sioto, o aumento de novos empreendimentos com espaço pet começou após a pandemia, por conta do crescimento da adoção de animais. Segundo ele, os empreendimentos mais antigos, que não tinham ou que tinham espaços pequenos para os pets, estão se reestruturando e ampliando as áreas destinadas aos animais de estimação.

O Pet Space do Terrassos Residencial será identificado por letreiros que trazem uma linda declaração de amor aos pets. Além de divertido, o espaço ser perfeito para os pet lovers registrarem os incríveis momentos ao lado dos seus animais.

Terrassos Residencial

Com localização privilegiada, o Terrassos Residencial está estrategicamente situado em um dos melhores pontos de Paulínia, na Avenida José Lozano Araújo, 3.580, próximo de rodovias como a Anhanguera, Dom Pedro e Zeferino Vaz.

O empreendimento oferece uma variedade de lotes padrão de 200 a 250 m², com infraestrutura completa incluindo pavimentação, iluminação, rede de água, esgoto e gás encanado. Tem o melhor complexo de lazer da RMC (Região Metropolitana de Campinas), com mais de 35 espaços exclusivos. Entre os principais atrativos estão o Clube Terrassos, com piscina infantil e acqua play, e um amplo salão de festas, com um magnífico terraço panorâmico que faz conexão com o nome do empreendimento. 

Com o objetivo de aprimorar a mobilidade e a conveniência dos moradores, o empreendimento terá duas portarias: uma destinada ao acesso social e outra ao acesso de serviços, proporcionando a agilidade, segurança e tranquilidade no dia a dia.

Sobre a Gencons Empreendimentos

A Gencons Empreendimentos tem mais de 20 anos de história no ramo imobiliário e é reconhecida por sua excelência na construção de empreendimentos residenciais na região. Tem sede em Paulínia e atua como construtora, incorporadora e financiadora de seus produtos.

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Tendência

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