Apesar do risco de gerar uma falsa inclusão e ruído na comunicação entre gerações, a empresa Netflix está apostando em ensinar e incentivar o dialeto conhecido como Linguagem Neutra por meio de seu novo lançamento Ridley Jones: A Guardiã do Museu. No oitavo episódio da quinta temporada, um pequeno búfalo se dirige à avó, um búfalo fêmea, e pede que seus colegas o chamem de Fred. O animal quer usar esse nome porque se considera “não binárie“, ou seja, não pertence a nenhum gênero específico. O pequeno búfalo também prefere que usem “ile” e “dile” como seus pronomes de tratamento. “Me chamar de ‘ela’ ou ‘ele’ não parece certo”, diz.
No entanto, é importante ressaltar que a adoção desse dialeto pode dificultar a comunicação e gerar confusão, principalmente para crianças com dificuldades cognitivas, que fazer uso de software para leitura, como cegos. Além disso, a Linguagem Neutra pode trazer autoafirmações perigosas para o desenvolvimento cognitivo das crianças e a sua construção de relações sociais.
Nesse sentido, é fundamental que haja um diálogo respeitoso sobre a serie e o dialeto, para que se encontre maneiras de se preservar a boa escrita e oratória do português.
Alguns profissionais da língua portuguesa, como a professora Cíntia Chagas, têm feito um trabalho nobre para ajudar tanto os apoiadores do dialeto quanto os contrários a ele manterem uma boa compreensão, escrita e fala do idioma Português do Brasil.
A professora Cíntia afirma que estamos vivendo uma imposição linguistica completamente ideológica, em companhia da Nany People no programa Morning Show.
O dialeto da “Linguagem Neutra”
O dialeto conhecido como Linguagem Neutra tem sido um tema cada vez mais discutido nos últimos anos. Enquanto alguns a consideram uma forma de inclusão e desconstrução de estereótipos de gênero, outros apontam diversos pontos negativos que dificultam o uso desse dialeto.
Um dos principais pontos negativos do dialeto é a dificuldade de compreensão para algumas pessoas, especialmente para crianças que ainda estão aprendendo a língua portuguesa. O dialeto conhecido como Linguagem Neutra é complexo e confuso para aqueles que não estão familiarizados com seus termos e conceitos.
Além disso, o dialeto pode gerar confusão em contextos formais, como documentos legais ou acadêmicos. Em muitos casos, é necessário especificar o gênero de uma pessoa em documentos oficiais, o que pode ser difícil ou até mesmo impossível de se fazer utilizando o dialeto conhecido como Linguagem Neutra.
Outro ponto é que o dialeto pode ser visto como uma forma de imposição ideológica, o que pode gerar resistência ou rejeição por parte de algumas pessoas. Muitos acreditam que esse dialeto não deve ser utilizado de forma obrigatória, mas sim como uma escolha pessoal, assim como ocorreu nos guetos com o dialeto Yorubá.
O dialeto também dificulta a comunicação em alguns casos, como na distinção de gêneros em títulos honoríficos ou pronomes de tratamento. Algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis ou desrespeitadas se não receberem o tratamento correto de acordo com seu gênero.
Por fim, o dialeto conhecido como Linguagem Neutra pode gerar desafios para a tradução de textos para outras línguas que não possuem um dialeto similar. Isso pode gerar confusão e até mesmo impedir a comunicação em alguns casos.
Em suma, enquanto o dialeto conhecido como Linguagem Neutra é uma forma de comunicação que busca a inclusão e a desconstrução de estereótipos de gênero, é importante considerar seus pontos negativos e limitações. É fundamental que haja um diálogo respeitoso sobre o dialeto, para que se encontre maneiras de se preservar a boa escrita e oratória do português no Brasil.